
Especialista adverte que só integração com outros meios de transporte garante trânsito melhor
Em comemoração aos 48 anos de Brasília, foram inauguradas este mês cinco novas estações do metrô. A abertura de quatro paradas em Ceilândia e uma na Asa Sul aumenta para 21 o número de estações do metrô em funcionamento. Com isso, o Governo do Distrito Federal (GDF) estima que até 2010 o sistema atenda cerca de 300 mil passageiros por dia, o que deve ajudar a desafogar o trânsito de automóveis na região central da capital.
As estações da 108 Sul, Guariroba, Ceilândia Centro, Ceilândia Norte e Terminal Ceilândia se somam às 16 estações já abertas, ampliando a utilização de um meio de transporte conhecido por reduzir congestionamentos, emissões de gases poluentes e poluição sonora. O Metrô-DF destaca também a rapidez, pontualidade, segurança e limpeza do sistema. De acordo com a assessoria do órgão, com esse conforto a população pode deixar seus carros em casa, sem abrir mão de viajar com qualidade.
As estações de metrô da Asa Sul também funcionam como passagens de pedestres, ligando os eixos L e W e evitando que os pedestres atravessem o Eixão. Segundo Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Engenharia de Transportes e professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, as novas estações também facilitam a integração com o sistema de ônibus, aumentam o fluxo de pessoas na área e valorizam os imóveis da região.
Apesar das vantagens, a população ainda está insatisfeita. Rafael de Carvalho Silva, morador de Ceilândia Norte, diz que não usa o metrô porque trabalha na Asa Norte. “O metrô não chega nem perto de onde trabalho. É mais fácil e mais barato pegar o ônibus mesmo”, explica. Paulo Cesar diz que a maior parte da população do DF mora ao sul da cidade, no triângulo que se forma entre o Plano Piloto, Ceilândia e Gama. “A circulação de pessoas e a demanda por transporte no lado norte é bem menor. É também uma questão econômica”, acrescenta.
Allana Oliveira Amorim, moradora de Águas Claras, pega o metrô todos os dias para trabalhar. Segundo ela, a principal vantagem é fugir do trânsito. “É muito mais rápido e me causa menos stress”, diz. Allana acrescenta ainda que o sistema de metrô é satisfatório para ela, mas não para a maioria das pessoas. “Meu marido não pega o metrô porque não existe estação perto do trabalho dele”. Outra reclamação de parte da população é a distância entre as estações. “São poucas e a distância entre elas é muito grande. É sempre preciso pegar o metrô mais um ou dois ônibus para chegar em algum lugar”, diz Rafael.
Paulo Cesar concorda e explica que a organização pouco densa do DF é a principal razão dessa distância. “Muitas estações seriam pouco úteis devido à baixa densidade populacional. Por isso é tão importante a integração do metrô com ônibus, microônibus, carros e táxis”. O professor destaca ainda que um número maior de estações aumenta a duração da viagem. “É uma questão de equacionar o benefício de atender mais pessoas contra o aumento do tempo de deslocamento”.
A integração dos sistemas de transporte do Distrito Federal é prometida há anos, mas até hoje não saiu do papel. O Metrô-DF garante que as estações já estão equipadas para atender ao novo sistema de bilhetagem automática do DF, parte do programa Brasília Integrada. No entanto, o órgão acrescenta que a implantação da integração é de responsabilidade da Secretaria de Transportes. O metrô também será integrado com o chamado metrô leve, de superfície, que será instalado na W3 Sul.
O professor Paulo Cesar defende que também é importante um aumento do transporte não motorizado, realizado a pé ou de bicicleta. “Mas as pessoas têm dificuldade de caminhar em Brasília. Faltam calçadas, por exemplo”, reclama. Para ele, é preciso melhorar o acesso aos pontos de ônibus e estações de metrô para estimular as pessoas a caminhar.
O GDF planeja continuar expandindo o metrô nos próximos anos. As obras das estações 102 e 112 Sul e Guará já foram autorizadas pelo governador José Roberto Arruda. Além da abertura dessas estações já previstas, a linha também será estendida. Samambaia ganhará mais 3 km de linha e duas estações, e a primeira etapa da expansão da Asa Norte será uma estação na altura do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), prevista para 2010. A moradora de Águas Claras, Allana Amorim, apóia a inauguração de novas estações, mas diz que a velocidade dos trens, que para ela já é baixa, teria que aumentar. “Senão não ia valer a pena”.
Em comemoração aos 48 anos de Brasília, foram inauguradas este mês cinco novas estações do metrô. A abertura de quatro paradas em Ceilândia e uma na Asa Sul aumenta para 21 o número de estações do metrô em funcionamento. Com isso, o Governo do Distrito Federal (GDF) estima que até 2010 o sistema atenda cerca de 300 mil passageiros por dia, o que deve ajudar a desafogar o trânsito de automóveis na região central da capital.
As estações da 108 Sul, Guariroba, Ceilândia Centro, Ceilândia Norte e Terminal Ceilândia se somam às 16 estações já abertas, ampliando a utilização de um meio de transporte conhecido por reduzir congestionamentos, emissões de gases poluentes e poluição sonora. O Metrô-DF destaca também a rapidez, pontualidade, segurança e limpeza do sistema. De acordo com a assessoria do órgão, com esse conforto a população pode deixar seus carros em casa, sem abrir mão de viajar com qualidade.
As estações de metrô da Asa Sul também funcionam como passagens de pedestres, ligando os eixos L e W e evitando que os pedestres atravessem o Eixão. Segundo Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Engenharia de Transportes e professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, as novas estações também facilitam a integração com o sistema de ônibus, aumentam o fluxo de pessoas na área e valorizam os imóveis da região.
Apesar das vantagens, a população ainda está insatisfeita. Rafael de Carvalho Silva, morador de Ceilândia Norte, diz que não usa o metrô porque trabalha na Asa Norte. “O metrô não chega nem perto de onde trabalho. É mais fácil e mais barato pegar o ônibus mesmo”, explica. Paulo Cesar diz que a maior parte da população do DF mora ao sul da cidade, no triângulo que se forma entre o Plano Piloto, Ceilândia e Gama. “A circulação de pessoas e a demanda por transporte no lado norte é bem menor. É também uma questão econômica”, acrescenta.
Allana Oliveira Amorim, moradora de Águas Claras, pega o metrô todos os dias para trabalhar. Segundo ela, a principal vantagem é fugir do trânsito. “É muito mais rápido e me causa menos stress”, diz. Allana acrescenta ainda que o sistema de metrô é satisfatório para ela, mas não para a maioria das pessoas. “Meu marido não pega o metrô porque não existe estação perto do trabalho dele”. Outra reclamação de parte da população é a distância entre as estações. “São poucas e a distância entre elas é muito grande. É sempre preciso pegar o metrô mais um ou dois ônibus para chegar em algum lugar”, diz Rafael.
Paulo Cesar concorda e explica que a organização pouco densa do DF é a principal razão dessa distância. “Muitas estações seriam pouco úteis devido à baixa densidade populacional. Por isso é tão importante a integração do metrô com ônibus, microônibus, carros e táxis”. O professor destaca ainda que um número maior de estações aumenta a duração da viagem. “É uma questão de equacionar o benefício de atender mais pessoas contra o aumento do tempo de deslocamento”.
A integração dos sistemas de transporte do Distrito Federal é prometida há anos, mas até hoje não saiu do papel. O Metrô-DF garante que as estações já estão equipadas para atender ao novo sistema de bilhetagem automática do DF, parte do programa Brasília Integrada. No entanto, o órgão acrescenta que a implantação da integração é de responsabilidade da Secretaria de Transportes. O metrô também será integrado com o chamado metrô leve, de superfície, que será instalado na W3 Sul.
O professor Paulo Cesar defende que também é importante um aumento do transporte não motorizado, realizado a pé ou de bicicleta. “Mas as pessoas têm dificuldade de caminhar em Brasília. Faltam calçadas, por exemplo”, reclama. Para ele, é preciso melhorar o acesso aos pontos de ônibus e estações de metrô para estimular as pessoas a caminhar.
O GDF planeja continuar expandindo o metrô nos próximos anos. As obras das estações 102 e 112 Sul e Guará já foram autorizadas pelo governador José Roberto Arruda. Além da abertura dessas estações já previstas, a linha também será estendida. Samambaia ganhará mais 3 km de linha e duas estações, e a primeira etapa da expansão da Asa Norte será uma estação na altura do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), prevista para 2010. A moradora de Águas Claras, Allana Amorim, apóia a inauguração de novas estações, mas diz que a velocidade dos trens, que para ela já é baixa, teria que aumentar. “Senão não ia valer a pena”.